PRINCIPAIS CUIDADOS PARA REALIZAR RECARGA DE UM VEÍCULO ELÉTRICO EM CASA
A aquisição de um carro elétrico não passa de sonho para muitas pessoas, o alto custo desta tecnologia não o torna acessível a grande parte da população.
Mas se engana quem aposta na lenta evolução da mobilidade elétrica, pois a cada ano nota-se o recuo no preço das baterias de íon-lítio, componente que representa cerca de 30% do valor total do veículo elétrico.
Segundo a Bloomberg, houve uma queda de 85% nos preços das baterias entre 2010 e 2018, passando de um custo de 1.160$/kWh para 176$/kWh.
É importante destacar que este estudo é feito sobre a média de preço de mercado para baterias íon-lítio, porém existem inúmeras outras tecnologias no mercado, as quais podem também ser interessante quando pensamos em densidade energética x custo.
Os fatores determinantes para queda no preço das baterias são o volume de venda e avanço tecnológico. Através dos estudos apresentados, a cada dobra de volume estima-se uma queda de 18% no preço. Desta forma, é possível prever o preço médio do pack de baterias íon-lítio para os próximos anos. Obviamente que, por se tratar de uma média, algumas empresas poderão ter preços menores e outras preços maiores dentro deste mesmo período.
Incentivos e iniciativas para aquisição de
veículos elétricos
- Isenção do Imposto de importação – II;
- Redução do Imposto sobre Produto Industrializado – IPI;
- Isenção da participação em rodízio, para cidades que adotam esta prática;
- Redução ou isenção do IPVA, dependendo da cidade;
- Código de obras do Distrito Federal – Incluindo a obrigatoriedade da instalação de ponto de recargar em 0,5% do total de vagas para novos empreendimentos com mais de 200 vagas de garagem.
- Lei 17.336 de 30/03/2020 obriga, a partir de Março de 2021, os edifícios residenciais e comerciais da cidade de São Paulo a prever soluções de recarga para veículos elétricos.
Através de todos os dados apresentados, nota-se que a
curva de evolução da mobilidade, passando pela redução de preços dos veículos e
tecnologias adjacentes, está mais próxima do que se imagina. Portanto, será
cada vez mais comum que as pessoas tenham acesso aos veículos elétricos e,
portanto, tenham carregadores em suas residências. Síndicos, administradoras de
condomínios e membros do conselho dos condomínios deverão estar atentos a esta
evolução, a fim de prover a possibilidade de que a recarga seja realizada em
residências, edifícios comerciais e residenciais.
Comprei meu veículo elétrico ou híbrido plug-in e
agora?
Praticamente todas as montadoras que comercializam
veículos elétricos também tem um parceiro homologado para o fornecimento do
eletroposto e o serviço de instalação. Neste caso, a empresa entrará em contato
para agendar uma visita técnica no local escolhido por você para instalação do
seu ponto de recarga.
O processo se divide em 3 etapas: Definição do tipo de carregador, Vistoria
técnica e Instalação.
Etapa 1 – Definição do tipo de equipamento
De suma importância para auxiliar no processo de vistoria e posterior instalação, é a definição do tipo de carregador que será instalado. Esta prática reduz as variáveis de instalação, proporcionando um processo mais rápido e menos custoso. Caso seja de interesse do proprietário apenas carregar o carro, sem necessidade de mensurar a quantidade de energia utilizada e nem identificar/limitar o acesso, a escolha deverá ser por um carregador PLUG&PLAY, sendo esta mais econômica, além de atender a necessidade do proprietário.
É importante destacar que muitos fornecedores, mesmo para estas soluções mais simples, entregam um aplicativo de celular, o qual possui informação sobre o status da recarga, permite agendamento do abastecimento e também visualização do histórico das recargas realizadas durante determinado período.
Geralmente esta solução se aplica a residências e condomínios residenciais em que o relógio medidor da unidade se encontre no térreo ou subsolo do empreendimento – Os tipos de instalação serão abordados mais a frente.
Caso seja necessária a aquisição de dados de consumo e identificação do usuário que realizou a recarga, esta pode se dar através de equipamentos inteligentes, os quais devem ser ligados a internet(CABO ETH, WIFI ou 3G/4G) e comunicarem com uma plataforma backoffice, responsável pela gestão remota destes eletropostos.
Esta solução é muito comum onde se faz necessária a gestão de utilização para simples conhecimento ou até mesmo cobrança da recarga.
Também existem carregadores com tecnologia própria, a qual permite, através de app ou cartão RFID, identificar, liberar e mensurar o consumo realizado por um determinado período.
Um fator importante na definição do tipo de equipamento, é a sua potência. Para esta aplicação existem variações entre 1,4 – 22kW.
Definitivamente, qualquer potência no intervalo citado pode ser instalada, de forma mais simples ou mais complexa. Para entender qual é a potência que se adequa a realidade existente, algumas questões devem ser analisadas:
Infraestrutura existente no local – É necessário entender se, no local de instalação, existe disponibilidade para inclusão de mais esta carga.
Caso seja realizada a aquisição de um carregador com potência maior do que a infraestrutura pode receber, basta limitar esta componente no próprio equipamento. Muitos eletropostos já são vendidos com a possibilidade de entregar todos os níveis de potência, os quais podem ser gerenciados via software ou hardware.
Limitação pelo próprio veículo da potência de recarga – todos os veículos possuem um carregador on-board, o qual controla a entrada de energia da fonte externa para bateria. Este componente, na maioria dos veículos, limita a entrada de potência em 7kW(havendo pequenas variações – 6,6kW, 7,2kW, etc).
Alguns poucos modelos, geralmente de marcas PREMIUM, possuem a capacidade de recarga em até 11kW/22kW.
Caso seja definido um carregador com potência maior a permitida pelo seu veículo, não se preocupe, o próprio carro realizará limitação e regulação da quantidade de energia que carregará a bateria.
Os tempos de recarga variam de acordo com a capacidade da bateria e limite da potência de carga pelo veículo, portanto, fique atento a este ponto no momento da aquisição de seu VE(Veículo Elétrico).
Etapa 2 – Vistoria técnica
Esta é a etapa onde todas as necessidades técnicas de
serviço e material serão levantadas. Alguns dos pontos verificados são: Forma
de ligação ao ramal de energia do cliente, tensão da rede de alimentação, distância
entre o ponto de conexão da energia até o carregador, forma de passagem da
infra elétrica, dificuldade e facilidades da passagem de infra elétrica, entre
outras.
É muito importante que as autoridades(se houver) responsáveis pela aprovação da instalação sejam informadas, afim de que todas as dúvidas e pré conceitos sejam eliminados antes ou durante o período de vistoria.
Detalhando um pouco mais a forma de ligação ao ramal de energia, existem 2 possibilidades:
- Derivar a ligação diretamente do relógio medidor do cliente – Neste caso a cobrança pelo consumo chega diretamente na conta do proprietário do veículo;
- Derivar a ligação de um quadro da área comum do condomínio – Nesta situação, a conta chega para o condomínio que através das soluções de carregamento inteligente realiza o rateio da energia consumida entre os condôminos.
Geralmente é disponível nas instalações residenciais, ou até comerciais, a tensão de 220V.
Portanto, é sugerida a instalação de carregadores de até 7kW, os quais possuem alimentação através desta tensão e corrente de 32A. Alguns carregadores entregam a possibilidade de fornecer 12kW na tensão de 220V, porém tratam-se de casos específicos e precisam ser analisados junto a infra disponível.
Caso seja necessária instalação de carregadores mais potentes em redes 220V, um transformador 220/380V deve ser instalado para atender esta demanda(desde que a infra existente possibilite).
Para empreendimentos com tensão de rede 380V, a instalação de carregadores mais potentes se torna possível sem a utilização de transformador.
Para qualquer aplicação, existe uma solução. Seja ela
mais simples ou complexa. Mais ou menos onerosa.
Etapa 3 – Instalação do carregador
Toda a instalação elétrica no Brasil deve correr seguindo as normas aplicáveis, NBR5410 para instalação elétricas, NR10/NR35(outras, se aplicável), NBR IEC 61851, RN 819, entre outras.
Além disso, é importante contar com empresas que ofereçam seguro, afim de cobrir qualquer dano(moral ou material) realizado pela equipe técnica no local do trabalho.
Projeto elétrico/executivo da instalação e ART assinados por engenheiros eletricistas também são indispensáveis para realização deste tipo de serviço.
Todos os itens citados acima protegem a instalação, o
cliente e os trabalhadores, portanto devem ser exigidos.
Em toda instalação destinada a este propósito também
devem incluir todas as proteções associadas e normatizadas, são elas:
- Disjuntor Térmico;
- Interruptor diferencial Residual
TIPO AC, TIPO A ou TIPO B (Depende da composição do carregador e indicação do
fabricante);
- Dispositivo de proteção contra Surto
de Tensão – DPS;
Todos estes dispositivos devem ser dimensionados de acordo com as normas, equipamento adquirido e levantamento realizado em vistoria técnica.
Vale ressaltar também que a qualidade na realização do serviço não passa somente pela utilização das normas e boas práticas, mas também pelo cuidado, capricho e atenção dos executores. Portanto, escolha empresas que se preocupam com esta questão e lhe transmitam esta segurança.
Sobre a BeGreen
A BeGreen é uma empresa com atuação 100% focada para o mercado de mobilidade elétrica no Brasil, através do fornecimento dos seguintes serviços:
- Instalação de carregadores para
veículos elétricos;
- Projetos elétricos para eletropostos;
- Manutenção preventiva e corretiva
para equipamentos de recarga;
- Operação de carregadores;
- Consultoria em mobilidade elétrica;
- Treinamentos
práticos e teóricos.
Equipe técnica extremamente qualificada, com a maior experiencia em recarga de veículo elétrico do Brasil, responsável diretamente ou indiretamente pela instalação de mais de 1500 carregadores em todo território nacional. #vemsergreen